sábado, 28 de agosto de 2010

Escolhas (Parte 3)

No apartamento, Bella telefona para “Peter Pan”.
- Oi, meu amigo!
- Oi, minha pequena! O que manda?
- “Peter”, estou ligando para confirmar que sexta-feira Rodrigo e Aline voltam de viagem e vamos recebê-los no aeroporto. E sábado, é o jantar do meu aniversário. Você vai?
- No aeroporto não garanto, mas em seu jantar, com certeza.
Conversaram mais um pouco e desligaram.

Sábado, aniversário de Bella. Jantar em seu restaurante preferido. Rosane, Rodrigo, Aline e “Peter Pan”, eram os seus convidados.
- Eu queria fazer uma festa em grande estilo, do jeito que Bella merece, mas ela não quis, preferiu apenas um jantar. – Falou Rosane.
Estavam conversando, animados. Rodrigo e Aline contavam sobre a viagem, quando Rosane fez uma expressão que Bella achou estranha.
- O que foi, Rosane?
- Veja quem acaba de chegar.
Bella olha para onde Rosane estava olhando e viu Alessandra, Laís e um casal.
- Se você quiser ir embora, não vou me importar.
- Não vou embora! Não tenho do que fugir, eu estou preocupada com você. Não quero que se aborreça no dia de seu aniversário.
- Então vamos ficar. – Decidiu Bella.

****************

Na mesa de Alessandra.
- Olha, amor! Aquela não é a sua faxineira?
Alessandra não responde.
- Faxineira? Mas aquela mulher é a gostosa da minha despedida de solteiro. – Falou o irmão de Alessandra.
- Gostosa? Mas o que é isso? – Disse a esposa dele, indignada.
- Desculpe, amor. Eu ainda era solteiro.
- Pelo que sei, essa mulher é faxineira de sua irmã.
- Como é?
- Laís, não começa.
- Mas foi o que ela disse, e você confirmou.
- Quero saber dessa história direitinho, mana. Conta aí. A gostosa... Desculpe! A mulher andou fazendo faxina na sua casa, é?
Alessandra lançou um olhar mortal para o irmão.
- Alessandra sempre fica nervosa quando se fala nessa mulher. Não é, amor?
- Mas a mulher é demais! Meninas, vocês tem que concordar, ela é linda!
- João Carlos, não estou gostando dessa conversa. Acho melhor mudarmos de assunto.
- Concordo com você, cunhada. – Disse Alessandra, aliviada.

****************

Após o jantar, o maitre trouxe um bolo de aniversário com velas coloridas, e todos cantaram parabéns para Bella.
Rosane lhe deu um anel de brilhantes.
- Meu Deus, Rosane! É lindo!
Bella abraçou Rosane, e lhe deu um beijo no rosto.
- Parabéns, Bella. - Era Alessandra.
- Obrigada.
- Eu não sabia que era o seu aniversário, por isso, não tenho um presente para te dar. Mas prometo que vou providenciar e te entregarei.
- Não é preciso.
- É sim! Faço questão! Agora posso abraçar a aniversariante?
Rosane se levantou.
- Não, não pode. Você já a cumprimentou, agora pode ir.
- Desculpe, senhora, mas falei com ela. Bella, quero te dar um abraço.
- Não ouviu o que minha esposa disse?
- Ouvi, mas não recebo ordens de ninguém, muito menos dela.
- Minha jovem, acho melhor você voltar para a sua mesa, sua noiva acaba de retornar do toalete.
Alessandra olhou em direção à mesa e viu que Rosane falava a verdade.
- Ok. Mas ainda vou te dar o meu abraço de aniversário, me aguarde.
Sorriu, e saiu.
- Garota petulante! – Falou Rosane, muito irritada.
- Eu conheço essa mulher. Ela esteve no apartamento. A primeira vez foi te procurar, Bella. A segunda, ela queria saber quem eu era, onde você estava morando...
- Você não contou, não é Rodrigo?
- Claro que não, Rosane!
- Afinal de contas, quem é ela?
- Gostaria de não falar sobre isso, pode ser? Hoje é meu aniversário! É dia de festa! Eu ganhei um anel maravilhoso e estou acompanhada com as pessoas que mais amo nesse mundo!
- Você tem razão, meu amor. Sem aborrecimentos.

****************
- O que você foi fazer lá?
- Cumprimentar a moça, é aniversário dela. Não viu que levaram bolo e cantaram parabéns?
- Alessandra, você é muito cínica.
Disse Laís, muito irritada. E pensou:
“Tudo bem! Em breve, essa mulherzinha vai ter o que merece”.

****************

Bella estava saindo da faculdade, e viu Alessandra encostada na porta de seu carro, com um buquê de rosas vermelhas.
- Eu não sabia o que te comprar, afinal, você já tem tudo. Então, lembrei que toda mulher adora receber flores. Só tem um problema. Você não é alérgica, é?
Bella sorriu.
- Nossa! Há quanto tempo não vejo esse sorriso!
Bella pegou o buquê das mãos de Alessandra.
- Obrigada! São lindas, e eu não sou alérgica.
- Posso te abraçar? Prometo que será um abraço de parabéns.
- Promete? Sei.
- Ok, já sei o que você vai dizer. Que eu não cumpro as minhas promessas. Mas desta vez, vou cumprir.
Alessandra pegou as flores e o material das mãos de Bella, colocou sobre o capô do carro, e lhe deu um abraço.
- Parabéns, Bella! – Falou baixinho, em seu ouvido.
Bella sentiu arrepios por todo o corpo, e estremeceu.
- Pronto. Você já me deu o abraço, pode me soltar agora.
- Sinto teu corpo tremendo, Bella.
- É impressão sua. Me solte, você prometeu.
Alessandra a soltou, e elas ficaram se olhando.


- Sinto a sua falta.
- Por favor, Alessandra.
- Desculpe! Estar perto de você é... Mas eu prometi e vou cumprir.
Alessandra se afasta.
- Obrigada pelas rosas. São lindas!
Bella entra no carro, liga e sai.
- Como te quero, Bella!
À noite, Rosane chega no apartamento e vê as rosas.
- Lindas flores! Você ganhou?
- Sim.
- De quem?
- Alessandra.
Bella analisa o rosto de Rosane.
- Ela estava me esperando depois da faculdade.
- Só entregou as flores?
- Sim.
- Não está mentindo, está, Bella? Aconteceu alguma coisa que você não queira me contar?
- Não aconteceu nada. Ela me entregou as flores, me deu um abraço e eu fui embora.
- Está bem. São lindas! Rosas vermelhas. Amor.
Rosane dá um beijo em Bella, e vai tomar banho.

****************

Alessandra chega ao apartamento de Laís.
- Amor! Que surpresa maravilhosa!
Laís beija e abraça Alessandra.
- Precisamos conversar, Laís.
- Você não está querendo desistir da festa de casamento, está? Por favor, Ale, foi tão difícil te convencer...
- Pare de falar um pouco, e me escute.
- Nossa! Você está tão séria! O que houve?
- Podemos nos sentar?
Laís leva Alessandra para o quarto dela.
- Aqui teremos privacidade. Fale, meu amor!
- Laís... Quero terminar.
- Terminar o que?
- O nosso namoro. Não dá mais. Eu tentei, juro que tentei continuar com você, mas não tem mais jeito.
- Espera... Você não pode estar falando sério.
- Estou.
- Por que?
- Porque não amo você. Acabou.
- Acabou? Não! Você não pode fazer isso.
- Posso e devo, Laís. Não serei capaz de te fazer feliz, acredite.
- É por causa dela, não é?
- Dela quem?
- Daquela... Faxineira.
- Laís, é por minha causa. Eu não sinto mais nada por você.
- Eu sei que é por causa dela, eu sinto isso. Aquela vadia quer tirar você de mim.
- Não quero discutir com você, estou sendo sincera e terminando um relacionamento que não dará certo.
- Mas e os nossos planos? Nosso apartamento em frente ao mar, ver o pôr-do-sol, ver a lua nascendo, nossa festa de casamento...
- Esses são os seus planos, Laís, não os meus.
- Não! Não quero! Você não vai fazer isso comigo!
- Eu sinto muito.
- Eu vou acabar com aquela vadia! Foi ela quem virou a sua cabeça, é por causa dela que você quer me deixar. Mas não vou permitir que ela tire você de mim.
- Ela não tem nada a ver com isso.
- Fale a verdade. Você não sente nada por ela?
- Laís, por favor, o problema está em mim, eu não te amo mais, aliás, acho que nunca te amei.
- Por favor, tente me convencer que você não está apaixonada pela faxineira, e que não está terminando comigo para ficar com ela.
- Bella não é faxineira.
- Eu já sei que ela não é faxineira, ela é uma piranha, safada. Aliás, sempre tive curiosidade em saber quanto você pagava para transar com ela.
Alessandra se levantou e, quando ia sair, Laís a segurou.
- Diga! Quanto você pagava para transar com aquela vagabunda?
- Quer saber mesmo? Eu nunca paguei para fazer amor com ela.
- Você confessa que transou com ela?
- Mas não era isso o que você queria ouvir?
- Desgraçada!
Laís dá uma bofetada em Alessandra, que ia revidar, mas desistiu.
Ela sai do quarto, e vai em direção à porta, mas Laís a segura.
- Alessandra! Volte aqui! Ainda não terminamos essa conversa.
- Terminamos sim.
Alessandra sai.
- Droga! Eu vou acabar com aquela vadia!


Dois dias depois, Bella estava na cantina da faculdade, e uma pessoa apareceu.
- Oi, faxineira!
Bella se vira e vê Laís.
- O que você faz aqui, garota?
- Podemos conversar?
- Não acho que temos algo para conversar.
- Ah, temos sim! Você poderia me acompanhar?
- Aonde?
- Até o meu carro. Nossa conversa não precisa de platéia.
Bella pensou que Laís pudesse querer fazer um escândalo, então, aceitou o convite.
- Muito bem, estou aqui. O que quer conversar comigo?
- Alessandra já te procurou?
- Não.
- Por favor, não minta.
- Não estou mentindo. Ela não me procurou. Por que?
- Vou ser direta. Eu não vou aceitar que você e ela fiquem juntas. Alessandra é minha, e continuará sendo. Não vou deixar que uma prostituta como você tire Alessandra de mim.
- Hei! Vai devagar com as palavras.
- Estou avisando. Não pense que vai ficar com ela, porque não vai. Ela é minha. Entendeu?
- E se eu ficasse, você ia fazer o que?
- Não brinque comigo, vadia. Você não sabe o que eu sou capaz de fazer para ter Alessandra comigo.
- É? Então me diga! O que vai acontecer se eu ficar com ela?
- Eu acabo com você.
- Está bem. Seu aviso está dado.
Bella ia sair, e Laís segurou em seu braço.
- É melhor você fazer o que mandei, porque posso ser uma garota muito má quando eu quero.
Bella saiu do carro e foi para a sala de aula.
Quando chegou em casa, Rosane estava lá, com um buquê de rosas vermelhas nas mãos.
- Que lindas! Você comprou pra mim?
- São pra você, mas não são minhas.
- Não? De quem são?
- Tem um cartão aí.
Bella abriu o cartão e leu.
“Bella, linda Bella! Rosas vermelhas são as mais lindas, mas jamais terão a beleza que você possui”.
- Não tem assinatura.
- Não precisa ter, Bella. Nós já sabemos de quem são, não é mesmo?
- Rosane, eu...
- Tudo bem. Você não tem culpa que sua admiradora seja tão atrevida. Só queria saber como ela conseguiu nosso endereço.
- Eu não falei, eu juro!
- Não precisa jurar. Acredito em você.
- Laís me procurou na faculdade hoje.
Bella contou a conversa que ela e Laís tiveram.
- Bom, pelo que entendi, acho que Alessandra e Laís não estão mais juntas.
- É. Pode ser.
Bella e Rosane almoçaram. Rosane voltou ao escritório, e Bella foi fazer alguns trabalhos da faculdade.
Todos os dias chegavam rosas vermelhas no apartamento de Bella e de Rosane. Cada dia, com um cartão diferente.
“O teu cheiro me excita! Você é inesquecível!”
“Você é meu encanto! Sinto-me desorientada sempre que penso em você”.
“Ah, tentação! Você me enfeitiça, me atiça!”
“Saudades! Estou pensando em você agora. Penso em você todos os dias e noites. Você é meu vício!”


Bella, sentindo que Rosane estava irritada com a chegada das rosas e dos cartões, avisou ao porteiro que a partir daquele dia, as rosas deveriam ser devolvidas a quem entregou, e não mais serem entregues a ela.
Numa noite, quando Rosane chega em casa, pergunta:
- As rosas vermelhas pararam de chegar?
- Sim.
- Por que?
- Porque eu pedi ao porteiro para devolvê-las.
Rosane beijou Bella na boca, e foi tomar banho. Bella entrou no banheiro.
- Posso? – Falou Bella, tirando as roupas.
- Pode! Deve!
- Você me quer?
- Sempre, Bella! Sempre!
Elas fizeram amor ao gosto de Rosane. Bella dominada, entregue, submissa.
- Eu te amo tanto, Bella! Não vou te perder!
Vão para a cama, e Rosane mais uma vez possui Bella.
- Eu me perco em você! Esse teu jeito inocente, mas ao mesmo tempo indecente, me deixa louca! Geme pra mim Bella, geme!


Dias depois, Rosane chega em casa, e conta uma novidade para Bella.
- Lembra-se da mulher que fez chantagem comigo?
- Fez não! Ainda faz. O que tem ela?
- Vai amanhã ao escritório, disse que tem um assunto urgente para falar comigo.
- Amanhã? Ótimo! A que horas?
- Entre 9 e 10 horas.
- Estarei lá.
- E a faculdade?
- Não irei. Quero conhecer essa chantagista.

Dia seguinte. Escritório de Rosane, 10h15m.
- Sente-se, Lena. Quer um café, uma água, um refrigerante?
- Um refrigerante. O calor está de matar.
Rosane liga para a secretária e pede para que ela sirva o refrigerante.
- Mas qual é o assunto urgente que você quer falar comigo?
- Bom, é o seguinte. Há 3 anos você tem me dado o mesmo valor mensal, e você sabe, tudo aumenta, tudo fica muito caro. Quero que aumente a quantia.
- Lena, o valor que te pago já é bem alto.
- Nem tanto. Quero mais.
- Está pensando em quanto?
- Uns... 6 mil?
- O que? Você quer um aumento de 100 por cento?
- Ora, Rosane! Você tem condições de me pagar até mais, mas estou sendo boazinha com você.
Bella, que estava no banheiro, entra no escritório.
- Isso é inacreditável! Se alguém me contasse, eu diria que era mentira.
- Quem é essa aí? – Perguntou Lena, surpresa.
- Essa aí não. Mais respeito, por favor. Sou a esposa de Rosane.
- Esposa?
- Isso mesmo. Agora a conversa é comigo. Rosane não vai lhe dar aumento algum, inclusive, ela não vai mais te pagar nada.
- Como é?
- Além de não te pagar mais, você vai sair da casa dela, e vai devolver o carro que ela te deu. A chantagem acabou, a moleza terminou. Vai trabalhar, chega de viver às custas de uma mulher que nunca fez mal a ninguém.
- Olha aqui, você não me conhece e não sabe o escândalo que vou provocar se Rosane não fizer o que eu quero. Todos vão saber o que ela é.
- Você sabia que chantagem é crime?
- Pode até ser, mas ela sabe que tem muito a perder. Não é Rosane?
- Vou te mostrar quem tem muito a perder, garota.
Bella vira o monitor do computador para Lena e mostra um vídeo.
- O que é isso? – Pergunta a mulher, confusa.
- É você. O que acha de se tornar uma celebridade?
- Do que você está falando?
- Estou falando que tudo o que foi dito aqui está gravado. Imagem e som. Ou seja, você foi gravada confirmando que é uma chantagista. Está extorquindo dinheiro de uma senhora muito fina e bondosa. E se você ousar fazer qualquer coisa contra ela, vou denunciar você à polícia, e te farei ser uma celebridade, pois, vou colocar esse vídeo na Internet.
Lena fica imóvel, sem saber o que dizer.
- E então? O que me diz, chantagista?
- Rosane, como você pôde?
- Não se dirija a ela. Eu disse que a conversa agora é comigo. Vai fazer o que?
- Tenho outra saída?
- Não, não tem. Sem casa, sem carro, sem dinheiro. Esta é a sua única saída.
A garota entrega as chaves da casa e do carro para Bella. Combinam de irem a casa com a garota, para que ela pegue as suas coisas e saia de uma vez por todas da vida de Rosane.
Lena sai, e Bella se senta no colo de Rosane.
- Pronto. Viu? Nem foi tão difícil.
- Você é muito esperta, Bella.
- Sinceramente, Rosane, não sei como você permitiu isso. Você é uma Advogada! Poderia ter feito isso antes.
- Na verdade, sinto pena dela.
- Pena? Ela é uma sacana.
- É, você tem razão. Mas mesmo assim, sinto pena.
- Hmm... Ela é uma graça. Bem gostosinha! Pra você não sentir remorso, e parar de ter pena dela, posso pedir para o “Peter” colocá-la para trabalhar na boate. O que acha da minha ideia?
- Você faria isso mesmo?
- E por que não?
Depois do final de semana, Lena começou a trabalhar na boate.


- Bella? Onde você está?
Rosane chega ao apartamento, aflita. Ela vai para o quarto, e quando vê Bella, sente-se sufocada.
- Meu Deus! Isso é uma miragem? Uma alucinação?
- Não! É real!
- É tudo pra mim?
- Sim! Tudo pra você! O que está esperando? Vem!


Rosane agarra Bella com um desejo selvagem.
- Bella, vou devorá-la!
- Faça o que quiser!
Rosane toma Bella como se fosse a primeira vez. Está excitada, louca! Aperta, beija, morde...
Bella, deitada na cama, pede:
- Pare de me tocar.
- O que? Não!
- Por favor!
Rosane obedece. Então, Bella começa a se tocar e dizer palavras provocantes.


- Sei o quanto você me deseja. Sei que gosta de sentir meu cheiro, tocar minha pele, meus seios... Gosta deles?
- Gosto. Amo! – Rosane estava ofegante.
- Ah! Adoro quando você me devora com seus olhos! Quando me alisa, me laça, me toma.
Rosane tentou pegar Bella, mas ela não deixou.
- Por favor, Bella. Pare de me torturar.
- Você me quer?
- Quero! Agora.
- Vem!
E Rosane foi. E enlouqueceu, quando Bella ficou ali, exposta, linda e... Totalmente sua!


Depois de uma tarde intensa de amor, Rosane estava deitada, exausta, satisfeita.
- Ah, Bella! Você me deixa maluca! Primeiro, me telefona dizendo que não se sentia bem. Fiquei tão preocupada! Aí, quando chego, vejo você vestida desse jeito, me seduzindo... Ah! Não existe mulher como você!
Bella se levanta e fica sobre Rosane.
- Parabéns pelo seu aniversário!


Três dias depois, Bella estava saindo da faculdade, e Alessandra a esperava.
- Por que mandou devolver as rosas? Não gostou delas?
- Eram lindas! Mas fiquei alérgica. – Bella dá um sorriso debochado.
Alessandra empurra Bella contra o carro e diz:
- Você adora me provocar. Por que faz isso?
- Não provoquei você.
- Provocou sim. Responda direito. Por que mandou devolver as rosas?
- Porque sou uma mulher casada, e você estava sendo inconveniente.
- Ah, entendi! Foi a sua coroa quem mandou você fazer isso, não foi?
- Não. Eu decidi e fiz.
Alessandra cheira o pescoço de Bella, e passa sua língua, devagar.
- Sinto saudades, Bella.
- Pare.


- E sei que você também sente.
- Me solte.
Alessandra continua beijando Bella. No pescoço, no rosto, no canto da boca. Bella estremece e solta um gemido baixo.
- Está vendo? Você me quer! Está tremendo, gemendo. Isso é desejo por mim, Bella.
- Por favor, Alessandra, me solte.
- Quero você. Hoje, agora.
- Não posso.
- Pode sim! Vamos comigo ao meu apartamento, por favor.
- Não.
- Eu te quero!
- Me quer! Essa é a diferença entre nós.
- Diferença?
- Você quer satisfazer seu desejo sexual, suas fantasias, nada mais que isso.
- E qual é a diferença entre nós?
- É que eu não te desejo apenas. Eu te amo.
Alessandra olha para Bella, surpresa.
- Está chocada? Por que? Porque confirmei o que você já sabia?
- E a sua esposa?
- Eu gosto dela, muito. Sinto carinho, respeito, tesão, segurança...
- Gratidão.
- Sim. E ela sabe disso.
- Por que resolveu confessar que me ama?
- Porque quero que pare de me perseguir. Quero que pare de me mandar rosas, cartões, de me assediar. Não pretendo satisfazer seus desejos, não vou trair minha esposa.
- Você está enganada a meu respeito, Bella.
- Sei que não estou. Você quer me fazer de sua amante, e não vou fazer isso.
- É verdade que eu desejo você. Desejo como nunca desejei mulher alguma, mas... Você vai ter que escolher.
- Escolher o que?
- Se vai ficar com sua esposa ou comigo. Porque eu também te amo, e vou lutar por você. Em algum momento você vai ter que escolher. Eu ou ela.
Bella não esperava ouvir de Alessandra que ela a amava.
- Não vou te beijar, nem te tocar mais. Mas não pense que está livre de mim. Você vai ter uma conversa com sua esposa, e avisá-la que vou lutar para ter você. Se não pretende traí-la, então é bom resolver logo sua situação com ela, porque não vou esperar muito tempo.
Alessandra se afasta de Bella e, antes de ir embora, diz:
- Eu te amo, Isabella.
Bella entra em seu carro e pensa em tudo o que acaba de ouvir.
- Escolhas! Por que sempre tem que ser assim?


À noite, Bella conta tudo para Rosane.
- Eu sabia que esse dia chegaria. Ela tem razão, Bella. Você terá que fazer sua escolha.
- Se eu pudesse...
- Ficaria com nós duas, não é? - Rosane sorri. - Adoro fazer as suas vontades, mas essa, minha doce Bella, não farei.
- Eu sei. E ela também não aceitaria. Ajude-me a decidir, por favor.
- Não está difícil saber o que você vai escolher.
- Está sim! Eu amo Alessandra, mas de certa forma, amo você também. Eu não sei o que fazer, Rosane. Eu juro que não sei.
Bella se deita em Rosane, e é acariciada. Sentindo o carinho dela, Bella percebe o quanto será difícil escolher.
Vão para a cama, fazem amor. Bella adormece. Rosane vai para a sala, pega uma bebida e senta.
- O destino está se concretizando, e vai tirar você de mim. Eu não imaginei que fosse doer tanto, minha doce Bella.


Em uma boate, uma linda mulher dança no palco. Sensual, provocante, tentadora. Os espectadores a cobiçam, querem possuí-la a qualquer preço.
A linda mulher vai até uma mesa, e dança, se insinuando para outra mulher. A mulher perde completamente a razão, e a agarra, tirando-a daquele lugar.
Estão em um apartamento.
- Dance pra mim. Apenas para os meus olhos.
A linda mulher recomeça sua dança, fazendo striptease.


A mulher que assiste àquela apresentação envolvente, chega ao limite do desejo e toma a linda mulher, atirando-a sobre a cama.
- Diga que você é minha.
- Sou sua!
- Fale meu nome.
- Sou sua, Alessandra.
- Sim! Você é minha. Minha Bella!

Sensações inimagináveis...
Sonhos e fantasias...
Paixão... Volúpia... Amor!
Duas mulheres e suas...
Escolhas!

FIM...

... Mas... Ainda continua...

RM

"Qualquer semelhança com nomes e acontecimentos, terá sido mera coincidência. Não são fatos reais”.

4 comentários:

  1. Pelo q vejo, esse conto ainda não terminou.
    Eu estava torcendo para q esse monumento de mulher (Bella), ficasse com Rosane (a coroa insaciável)/rsrsss. Alessandra é meio possessiva, arrogante, se sente superior. Acho q não gosto dela/rsrss. Estou ansiosa para ver a continuação.
    Uma sugestão, se me permite: Pq vc não abre uma enquete para votação? Se o conto continua, talvez Bella possa ficar com Rosane. Eu voto para q sim!/rsrss.
    Parabéns, minha Escritora preferida! Mais um conto excitante, sensual e provocante. Assim como vc!/rsrsrs.
    Bjo.

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  2. Acabou?
    Mas...

    Adorei Meu Amor!

    PARABÉNS!!!

    Ficou um fim que vai continuar.

    TE AMO!!!
    !!!

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  3. Boa tarde!
    Como sempre, aqui estou para falar da Estória e, digo que foi meio...hum...egoísta da parte de Bella...explico:
    - Em alguns momentos, Bella fez uso do amor de Rosane;
    - Ela a meu ver apenas, pensava na liberdade de seu irmão...e, sempre trouxe preso o amor da pessoa que talvez a amasse verdadeiramente.
    - E concluíndo o egoísmo...optou por Alessandra, uma amor possessivo, invasor (vide a invasão a privacidade de Rosane) e, sem muito ofertar em meio ao desenrolar da Estória.
    De um outro ângulo, não se vende amor, concordo mas, não se usa o mesmo para seu bel prazer...e, foi o que percebi de nossa personagem principal.
    Em suma: Linda Estória, como sempre...cercada de momentos excitantes, sutis e inebriantes.
    Vejo que houve sugestão ao dar continuidade mas, seria interessante uma Estória onde o amor venha com suprema força juntamente com o discernimento do bom para todos e não para apenas "uma".
    Parabéns por mais uma supremacia de escrita.
    Bjos.

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  4. Adorei! Sutil, excitante, provocante! Parabéns!
    Ansiosa pela continuação e pelo desfecho. Rs.
    Bjim.

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