domingo, 5 de dezembro de 2010

Escolhas... A Continuação (parte 2)

DIA DO CHURRASCO

- Bella! Acorde! Estamos atrasadas! Minha mãe pediu para chegarmos às 11 horas.
- Que horas são?
- Você tem 20 minutos. Levante.
Bella espreguiçou-se, como fazia sempre que acordava, levantou, tomou banho, se arrumou.
- Droga! Mais de 11! Minha mãe vai falar até o fim do século.
Elas saíram, apressadas.
- Oi, mãe! Desculpe. Perdemos a hora.
Carmen não disse nada. Nem precisava! Alessandra percebeu o seu descontentamento.
Bella estava usando um vestido branco e curto, por cima do biquíni. Ela tirou o vestido e atirou-se na piscina. Nadou de um lado para o outro, como se estivesse sozinha.
Depois de algum tempo nadando, saiu da piscina, pegou uma toalha, se enxugou e se vestiu novamente.
Por causa do biquíni molhado, o vestido colou-se ao seu corpo, mostrando suas curvas perfeitas.
- Bella, venha comigo. Quero te apresentar meus tios.
“Droga! Odeio ser apresentada”.
Bella soltou o seu melhor sorriso, mas quando viu para quem seria apresentada, o sorriso sumiu e ela se sentiu constrangida.
- Bella, quero te apresentar meu tio Osvaldo, minha tia Margarete e minhas primas, Lisa e Lindsay.
Bella e Osvaldo ficaram se olhando, sem sorrisos, sem cumprimentos.
- Bella? O que houve? – Perguntou Alessandra.
Tentando parecer natural, Bella sorriu.
- Nada! Estou impressionada! Sua família é muito linda, Ale!
Bella cumprimentou Margarete, que lhe retribuiu com um sorriso sincero e simpático. Depois, abraçou as duas meninas, que deveriam ter 6 anos. Eram gêmeas.
- Vocês são lindas! Eu tenho um irmão gêmeo também, e nos amamos muito, nos damos muito bem. E vocês?
- Nós também, mas Lisa é mais chata do que eu.
Bella gargalhou, e ficou conversando com as meninas.
Depois de algum tempo, Bella e Alessandra foram se servir de churrasco e salada.
- Você leva jeito com crianças, Bella.
- Eu adoro crianças! E suas primas são encantadoras.
Sentaram-se a uma das mesas, onde estavam os primos legais de Alessandra.
Pouco depois, Cássia, Laís, Juliana e uma mulher que mais parecia ser um homem, chegam à festa.
- E aí, Ale?
- Oi, Cássia. Não sabia que vocês vinham hoje também. – Disse Alessandra, surpresa e desconcertada.
- Eu as convidei. Afinal, são suas amigas, não são? – Disse Carmen, aproximando-se e abraçando a todas.
- Como vai, Bella? – Falou Cássia.
- Estou bem, e você?
- Melhor agora. Lembra-se de Duda?
Duda a cumprimentou com um sorriso sarcástico. Bella desviou o olhar.
Ficaram todas sentadas à mesma mesa. Laís não se continha e soltava suas farpas diretamente em Bella.
Alessandra levantou-se para se servir de mais saladas, perguntando a Bella se ela queria também. Bella aceitou.
Assim que Ale saiu, Laís a seguiu.
- Você conhece bem sua namorada?
- Laís, não comece, por favor.
- Não vou começar nada. Só queria saber se você...
- Sim! Conheço bem Bella.
- Será mesmo?
- Laís, acho que você ainda não entendeu. Eu amo Bella, e nada do que você me disser, fará com que eu me separe dela. Por isso, te peço para parar com as provocações e insinuações.
- Ok. Eu só estou tentando te abrir os olhos. Mas você fez a sua escolha. Depois não venha chorar em meu ombro.
Voltaram á mesa, e Laís, unida a Carmen, continuava provocando Bella.
- Amor, vou ao banheiro, já volto.
Bella beijou o rosto de Alessandra e saiu. Preferiu ir ao banheiro dentro da casa. Pegou o celular.
- Bella! Que saudades! Como você está?
- Oi, minha amiga! Gostaria tanto que você e Rodrigo estivessem aqui comigo.
- Por que? Aconteceu alguma coisa?
- Não... Saudades apenas.
- Bella, eu te conheço. Está acontecendo alguma coisa que você não quer me contar.
- Está acontecendo sim, Aline.
Bella contou-lhe tudo. A festa na noite anterior, Cássia, Duda, Osvaldo, Carmen...
- Amiga você está em uma enrascada. Mas o importante é que Alessandra confie em você. Como ela está se comportando?
- Não sei ao certo. Sei que meu passado a incomoda muito.
- Ela sabe sobre o tio dela?
- Não. Nem sobre Duda ser a mulher que saiu comigo e com Cássia.
- Você vai contar, não vai? Melhor que ela saiba de você do que das outras.
- Vou contar sim, mas não agora. Ah, Aline! Sinto tanto a sua falta!
- Eu também. Muita!
- Onde está meu irmão?
- No trabalho. Ontem estávamos falando de você. Ele também sente muito a sua falta e me disse estar preocupado, sentindo que algo estava errado.
- Temos esses sentimentos às vezes.
Elas continuaram a conversar, e Bella falou que precisava desligar e voltar ao “matadouro”.
Quando ela estava saindo do banheiro, Cássia a empurrou de volta e trancou a porta.
- O que está fazendo? Deixe-me sair.
- Não. Preciso fazer uma coisa.
Cássia prendeu Bella contra a parede e a beijou. Ela tentava se soltar, mas não conseguia. Cássia, desesperadamente, passava suas mãos pelo corpo de Bella e gemia, enquanto a beijava.
Com raiva, Bella mordeu os lábios dela.
- Ah, garota malvada! – Disse Cássia, sorrindo. – Não sabe que adoro mulheres selvagens? Pode me morder, isso me excita ainda mais.
- Você é louca!
- Sim, sou! Você me deixa louca! Vem cá...
Bella arranhou o rosto de Cássia e conseguiu abrir a porta do banheiro.
- Volte aqui, gostosa!
- O que está acontecendo aqui?
- Ale!?
- Responde, Bella. Que porcaria é essa?
- Desculpe Ale, mas Bella me provocou, eu não resisti.
- O que? Sua mentirosa! – Disse Bella, esbofeteando Cássia. – Ale, eu não fiz isso, ela me forçou...
Alessandra puxou Bella pelo braço, a encarando com um olhar furioso.
- Bella... Eu preferia que você não falasse nada. Será melhor.
- Ela está mentindo! Eu...
- Será que é ela quem está mentindo?
Bella não acreditava que Ale estava desconfiando dela.
- Quero que você coloque uma roupa decente e desça. - Ordenou Alessandra, saindo.
Bella trocou de roupa, mas não voltou à festa. Chamou um táxi e foi para casa.
Meia hora depois, Alessandra chega ao apartamento.
- Por que saiu daquela maneira, sem nem mesmo se despedir?
- Porque odeio quando você desconfia de mim.
- Eu não desconfiei de você.
- Desconfiou sim, achou que quem estava mentindo era eu.
Alessandra aproximou-se de Bella, passou a mão em seu rosto, num gesto carinhoso.
- Desculpe! Sei o quanto é difícil pra você, ter que conviver com aquelas pessoas.
Elas se abraçaram.
- Ale, preciso lhe contar uma coisa.
- Sim, meu amor! Estou ouvindo.
- É sobre Cássia, Duda e seu tio.
Bella contou sobre a noite que saiu com Cássia e Duda, quando ainda era prostituta.
- Certo. Imaginei que fosse Duda, pelo modo que ela a cumprimentou. Mas e meu tio? O que ele tem haver com você?
- Lembra-se da festa de despedida de solteiro de seu irmão?
- Claro! Como eu poderia esquecer? Foi nesse dia que nos conhecemos.
- Seu irmão me apresentou a ele e...
- E?
- Na semana seguinte, fui a um apartamento e ele... Eu... Nós...
- Ok, Bella. Já entendi! Que filho da mãe! Margarete é uma mulher excepcional! Ótima esposa, uma mãe dedicada, trabalhadora... Como ele pôde fazer isso? Eu realmente não entendo.
- Ale... Sei que você não aceita o meu passado, se incomoda com ele, mas quero que saiba que eu te amo, você é a melhor coisa que me aconteceu, e jamais vou trair você.
- Eu também te amo muito! E confio em você! O problema é que eu não consigo nem pensar que alguém possa estar tocando seu corpo, não quero imaginar você transando com outra pessoa, que não seja eu.
- Então não pense, não imagine, porque isso nunca vai acontecer. Eu sou sua, Ale! Só sua!
Alessandra beija Bella na boca, levando-a para a cama. Desnuda seu corpo com delicadeza, como se ela fosse algo que pudesse quebrar. Depois, deita-se sobre Bella, passando sua língua por cada centímetro, não deixando nada escapar. Bella geme de prazer, entregando-se ao amor de Alessandra.


Alguns dias se passaram. Bella e Alessandra estavam em paz.
Certa vez, Bella voltou para casa, depois da faculdade.
- Já estou em casa.
- Oi, amor!
- Ale, quero saber se você chegará no horário normal ou se vai cobrir o plantão de algum de seus colegas folgados.
Alessandra gargalhou.
- Meus colegas não são folgados, Bella.
- São sim! E muito! Aproveitam da sua bondade.
- Até agora ninguém me pediu nada. Mas por que está perguntando?
- Porque quero te fazer uma surpresa e preciso que você chegue no horário. Promete chegar?
- Prometo, mas...
- Ah, não! Por favor! Sem mas...
- Mas se houver alguma mudança, te aviso.
- Não haverá, não é Alessandra?
- Acho melhor que não haja mesmo, seu tom soou muito ameaçador.
- Que ótimo! Você entendeu!
- Te amo, Bella.
- Te amo, Ale. Volte logo pra casa. Estou te esperando.
Bella tomou banho, trocou de roupa e saiu para o mercado. Quando estava voltando para casa, parou em uma floricultura e comprou rosas vermelhas.
Chegou, arrumou as rosas em um vaso, e foi para a cozinha. Passou a tarde toda cozinhando. Arrumou a mesa e olhou para ver se não faltava nada.
- Perfeito! Agora só falta você!
Bella tomou outro banho e ficou apenas de lingerie, com um roupão por cima.
Voltou para a cozinha e pegou um vinho, colocando-o para gelar.
- Está quase na hora.
Bella colocou uma música lenta para tocar, enquanto esperava por Alessandra. Minutos depois, ela chegou.
- Uau! Tem festa aqui hoje?
- Tem sim! Uma festa particular!
Alessandra aproximou-se de Bella para beijá-la, mas foi impedida.
- Não! Vai tomar banho, depois vamos jantar.
- Já vi que hoje você vai me torturar.
- Garota esperta! – Disse Bella, dando um sorriso malicioso.
Depois do banho, do jantar, do vinho, Bella colocou uma música sensual e começou a dançar para Alessandra. Tirou seu roupão e, por baixo, vestia uma lingerie provocante, que fez Alessandra ficar em êxtase.
- Nossa! Você é linda, Bella!
Bella dançava sensualmente, e devagar, passava suas próprias mãos por seu corpo, olhando para Alessandra com olhar provocante. Aproximou-se de Alessandra, dando-lhe um beijo na boca. Alessandra puxou Bella para o sofá, tocando-a em desespero.
- Quero você, Bella! Agora!
- Então, me tenha! Sou sua!
Alessandra tirou a lingerie de Bella, e a beijou... Beijou todo seu corpo, arrancando gemidos de Bella.
- Bella, você uma delícia!
- E você me deixa louca!
Alternadamente, uma se deliciava com o corpo da outra, se tocando, se beijando, deixando que o amor tomasse conta de seus corpos, de suas almas! E gozaram... Deliciosamente!


ROSANE E JÚLIA

- Já falei com meus pais, você não pode fazer isso comigo.
- Garota... De onde você tirou essa ideia?
- De você!
- De mim? E quando foi que te pedi em casamento?
- Não pediu diretamente, mas foi o que eu falei para meus pais. E tive um trabalho enorme para convencê-los que é você quem eu quero. Rosane, você não pode me deixar.
- Júlia, minha criança! Não vou me casar com você. Entenda isso!
- Por que não?
- Porque eu não te amo.
- Mas gosta de fazer amor comigo, eu sei que gosta.
- Gosto! Gosto muito! Mas isso não me faz te amar, e para casar, só com amor. Sou uma mulher das antigas.
- É por causa dela, não é? Por causa de Bella.
- Bella nada tem haver com isso.
- Tem sim! É ela quem você ama. Vai negar?
- Não vou negar. Eu amo Bella, sim. Mas não é por causa dela que não vou me casar com você. É por minha causa, por sua causa. Nós não seríamos felizes, acredite.
- Seríamos sim! Eu sou capaz de...
- Pare, Júlia! Não insista, por favor. Acabou. Eu não vou mais sair com você, e muito menos me casar com você. Aceite isso, será melhor.
- Rosane, por favor!
Rosane abriu a porta de seu escritório e pediu para que Júlia saísse.
- Rosane...
- Saia, por favor. E não me procure mais.
- Eu te amo! Não me mande embora.
- Saia, Júlia.
Rosane sentou-se à mesa de seu escritório, exausta.
- Bella, como será que você está? Sinto tantas saudades.

CONTINUA...

RM

"Qualquer semelhança com nomes e acontecimentos, terá sido mera coincidência. Não são fatos reais”.

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