sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Sem limites para amar (Última Parte)

Três meses se passaram. Denise, finalmente, conseguiu conquistar Marcela. Elas estavam namorando e felizes. Às vezes, saíamos juntas para dançar, beber em algum bar e encontrar os amigos.
Eu continuei saindo com algumas garotas, mas me sentia sozinha, sentia que faltava alguma coisa na minha vida. Faltava Livi.
Em uma tarde de domingo chuvosa e de frio, resolvi ir a um Café para tomar chocolate quente e comer os salgadinhos deliciosos que eles vendiam. Meu telefone tocou.
- Jack, Cadu me ligou. Temos que ir para Porto Alegre amanhã pela manhã. Vamos depor contra o senador.
- Amanhã? Tão rápido?
- Sim. Você vai, não é?
- Claro! Nos encontraremos no aeroporto?
- Isso. Às 7 horas no aeroporto. Até amanhã.
Meu coração disparou quando vi o nome de Livi em meu celular. Minha imaginação me fez fantasiar que ela estaria me telefonando para dizer que sentia minha falta, e que me queria. Mas... Era apenas uma imaginação.
Chegamos a Porto Alegre e fomos direto para a delegacia. Demos nossos depoimentos e voltamos para o hotel. Cadu nos acompanhou, pois, iria almoçar conosco.
Após o almoço, Cadu voltou para a delegacia. Desta vez, Livi e eu não ficamos na mesma suíte. Fui para o meu quarto e entrei na Internet. Pesquisei algum bar ou boate GLS, estava a fim de me divertir um pouco. Beber, dançar, quem sabe encontrar uma bela gaúcha.
Tomei um banho demorado, me vesti e me perfumei. Desci para jantar. Estava com muita fome, e o buffet daquele hotel era maravilhoso!
- Oi, Jackeline! Veio jantar e nem me convidou?
- Oi, Lívia! Deveria?
Ela sorriu e sentou-se à minha mesa.
- Posso me sentar com você? Odeio comer sozinha!
- Já se sentou, não é?
- Nossa! Você está bem arrumada, e perfumada. Tem um encontro?
Ela deu um sorriso debochado. Eu amava aquele sorriso, apesar de me irritar.
- Você vai sair?
- Vou.
- Posso saber aonde vai?
- Dançar.
- Hmmm. Dançar? Posso ir junto?
- Por que?
- Por que o que?
- Porque quer ir junto comigo? Aliás, por que está conversando comigo?
- Ora! Não posso falar com você?
- Pode! Mas estou estranhando a sua simpatia.
- É que estou feliz em saber que o senador pode ir para a cadeia. Estou de bom humor hoje.
- Raro isso!
- E então? Posso ir junto com você?
- Se quiser.
- Quero. Você só precisa esperar eu me arrumar, não quero que sinta vergonha de mim, afinal, você está muito elegante.
- Ta.
Livi terminou de jantar e subiu para o quarto. Fui para o meu, e escovei os dentes.
Fiquei aguardando Livi no saguão. Quando ela apareceu... Nossa! Ela estava linda! Com um vestido preto, acima dos joelhos, mostrando suas coxas bem torneadas. E o decote! Ai! Era de deixar qualquer uma louca!
- Estou pronta. Vamos?
Quando ela chegou perto de mim, senti seu perfume. Delicioso! Eu precisava me controlar. Livi me provocava demais!
Não alugamos um carro, chamei um táxi. Eu queria beber.
Chegamos à boate. Era badalada, havia muita gente para entrar. Entramos e sentamos à mesa que eu havia reservado. Logo um garçom veio nos atender. Pedi cerveja e Livi pediu vinho.
Levantei-me para conhecer o local.
- Aonde você vai? – Perguntou Livi.
- Vou andar por aí.
- Vou com você.
- Não.
- Não?
- Não.
E saí. A boate era grande, com vários ambientes. Fui para a pista e comecei a dançar. Vi uma morena, baixa, com longos cabelos pretos, com mechas vermelhas. Ela estava encostada em uma pilastra, não dançava. Fiquei olhando-a. Ela me notou, sorriu e abaixou a cabeça. Hmmm! Tímida! Gostei! Aproximei-me.
- Oi!
- Oi!
- Está sozinha?
- Estou sim.
- Não vai dançar?
- Não. Só estou olhando.
- Meu nome é Jackeline, mas pode me chamar de Jack. Qual o seu nome?
- Amanda.
- É um prazer te conhecer, Amanda.
Falei, dando-lhe um beijo no rosto. Ela sorriu.
- Já que você não quer dançar, o que acha de irmos para um lugar onde possamos conversar?
- Claro! Tem um espaço lá fora.
Sentamos em um muro baixo e começamos a conversar. Amanda tinha 22 anos, tinha acabado de se formar em Arquitetura, morava com os pais, não tinha namorada. Era uma japonesa linda!
- Mas como pode ser isso?
- Isso o que?
- Uma mulher tão linda como você, não tem namorada?
Ela abaixou a cabeça de novo, dando um sorriso tímido.
- Não tenho. É que...
Ela estava corada.
- É que...?
- Eu nunca fiquei com uma mulher.
Ela estava tão vermelha, que pensei que fosse pegar fogo. Eu sorri e ela também. Mas meu sorriso a deixou mais envergonhada.
- Desculpe, não queria te constranger.
- Eu quem peço desculpas. Eu sou uma boba.
- Não! Você é linda! Amanda...
- Sim?
- Se eu te beijasse, você ia sair correndo? Depois de me acertar uma bofetada, claro!
Incrível! Ela gargalhou!
- Já sei! Você pretende sair correndo antes que eu a beije, não é?
Ela gargalhou de novo.
- Não. Não vou sair correndo nem antes, e nem depois que você me beijar.
- Isso quer dizer que...
Segurei em sua nuca e a beijei, suavemente. Ela soltou um gemido baixo.
- Ai!
- O que foi?
- É a primeira vez que uma mulher me beija. Na boca.
- E gostou?
- Sim! Muito!
Ótimo! Aquele muro não estava muito confortável, então, sugeri que fôssemos para outro lugar. O melhor lugar que encontrei foi encostá-la na parede. Ah! Ficou bem melhor!
Continuei beijando Amanda. Boca, pescoço, orelha... Devagar, comecei com as mãos. Ela estava de vestido, isso facilitava muito!
- Amanda, se eu fizer algo que você não queira, é só me dizer, que eu paro, está bem?
- Está bem. Mas... Não pára.
Peguei em seus seios, deslizando com suavidade. Com a outra mão, peguei em suas pernas, subindo para as coxas.
- Ah, Jack!
- Fala!
- Que gostoso!
Eu tinha que sair com ela dali. Mas será que ela ia aceitar?
- Amanda...
- Oi!
- Quer ir para outro lugar? Algum lugar mais reservado?
- Quero!
- Estou hospedada em um hotel não muito longe daqui. Se quiser, podemos ir para lá.
- Eu quero!
- Mesmo? Você não precisa...
- Ah, eu preciso sim! E eu quero. Vamos!
Pagamos a conta, chamei um táxi e saímos. Quando cheguei ao hotel, conversei com o recepcionista, dizendo que ia levar uma amiga para o quarto. Ele não se opôs.
- Bonito este hotel!
- É sim. E a comida é ótima!
Amanda sentou-se na cama e sorriu.
- Jack, eu preciso lhe dizer uma coisa.
- Diga!
Ela estava com vergonha de novo.
- Não sei como dizer.
Sentei-me ao seu lado, e acariciei seus cabelos.
- Amanda, se você não quiser fazer nada, vou entender. Podemos conversar, nos conhecer melhor, e depois te levo para sua casa.
- Não! Eu quero! Mas... Eu não sei...
- Entendi. Você não precisa se preocupar com isso.
Deitei Amanda na cama e a beijei. Fui devagar, tentando fazê-la se sentir à vontade, sem medo.
Fizemos amor. Foi calmo, suave!
Tomamos banho juntas e ela se entregou mais uma vez pra mim. Depois do banho, Amanda disse que precisava ir para casa.
- Vou te levar.
- Não! Não precisa! Apenas chame um táxi pra mim, por favor.
- Tem certeza?
- Tenho. Não se preocupe! Eu moro perto daqui.
- Está bem.
Telefonei para a recepção, solicitando que chamassem o táxi. Acompanhei Amanda até o carro.
- Adorei, Jack! Obrigada!
- Eu também.
- Vamos nos ver novamente?
- Creio que não. Amanhã ou depois, devo voltar para casa.
- É uma pena! Vou te dar meu número de telefone. Você me ligaria?
- Claro que sim!
Anotei o número em meu celular, dei-lhe um beijo no rosto e ela foi embora. Que japonesinha linda! E tão meiga!


Agradeci ao recepcionista e voltei para o quarto.
- Sua idiota!
Livi estava à porta do quarto, e me deu um tapa no rosto.
- Você ficou louca?
- Você me esqueceu na boate. Cretina!
É mesmo! Caramba! Esqueci de Livi.
Ela ia me bater de novo, mas segurei sua mão. Abri a porta do quarto e a puxei para dentro. Ela se debatia, estava irritadíssima. Desta vez, com razão.
- Me solta, Jack.
- Se você prometer não me agredir novamente, te solto.
- Não vou prometer nada!
Sabendo que ela não ia prometer mesmo, a joguei na cama. Ela ia se levantar, mas eu falei:
- Fica aí.
Ela tentou levantar de novo, e eu ordenei:
- Fica sentada aí, Livi.
- Sua estúpida! Idiota! Cretina! Filha da...
Fiquei ouvindo suas ofensas e palavrões. Mas ela ficou sentada na cama, como ordenei.
- Você me deixou plantada na mesa, eu nem sabia onde você estava. Andei por toda a boate te procurando. Você poderia pelo menos ter me avisado. Você...
E blá... Blá...Blá.
- Você não me diz nada?
- Quando você parar de falar, talvez eu consiga dizer alguma coisa.
Ela tentou levantar, mas eu a olhei e ela recuou. E mais blá... Blá... Blá. Por fim, ela parou de falar.
- Acabou? Posso falar agora?
Ela não respondeu e rosnou. Não me contive, e gargalhei.
- Posso saber o que é tão engraçado?
- Você. Está rosnando feito um cãozinho.
- Jackeline, se você não parar de rir agora, eu...
Cheguei perto dela na cama, e segurando seus braços para trás, me deitei sobre ela.
- Você o que, Lívia?
Ela ficou me olhando, e de repente, parecia calma.
- Estou cansada de receber ordens de você! Cansada do seu mau humor e antipatia. Mas, você tem razão, te devo desculpas. Realmente esqueci de você na boate.
Seus olhos já não estavam tão abertos. E notei que sua respiração havia mudado. Então, calmamente, ela falou:
- Você transou com aquela garota?
- Isso não é da sua conta.
- Não, não é mesmo. Só curiosidade. Transou ou não?
- Transei sim.
- E você gostou de transar com ela?
- Gostei.
- Gostou muito ou gostou pouco?
Eu sorri.
- Por que quer saber?
- Já disse. Apenas curiosidade.
- Gostei muito.
- E vai se encontrar com ela de novo?
- Talvez.
- Quando?
- Chega de perguntas.
Fiquei olhando em seus olhos, sentindo seu perfume e aquele vestido... Livi era uma tentação! Aproximei minha boca da dela, e ela abriu levemente. Fechou os olhos e parecia esperar que eu a beijasse. Levantei-me e a deixei livre.
- Pode ir para o seu quarto agora, Livi.
- O que?
- Você pode se levantar. Boa noite!
Ela levantou da cama, furiosa!
- Você é uma...
- Ah, não! Não vai começar de novo! Melhor você ir dormir.
- Eu te odeio, Jackeline!
- Ótimo! Poderia ir me odiar em seu quarto, por favor?
- Você é muito cínica!
Ela partiu pra cima de mim outra vez, e eu a segurei contra a parede.
- Me solta!
- Não solto. Você vai me bater de novo. Mas eu queria saber qual o motivo desta vez.
- Porque você é uma estúpida, idiota...
- Cretina... Ta. Eu sei. Você já disse isso.
- Eu terminei com Laura.
- O que?
- Terminei meu relacionamento com Laura. Não estamos mais juntas.
- É, você já me disse isso. E daí?
- E daí?
Ela estava rosnando de novo. E eu gargalhei.
- Pára de rir!
- Ok, desculpe. Livi, vai dormir, você não está muito bem.
- Cínica!
Fiquei olhando para Livi, tentando entender o que ela queria de mim.
- Você quer que eu a beije, Livi?
- Não.
- Não mesmo?
Ela queria! Eu conhecia aquele olhar, aquela respiração.
Passei minha língua em seu pescoço e ela gemeu, tremeu.
- Quer que eu a beije, Livi?
- Não!
- Quer sim! Mas se quiser, terá que me pedir.
- Nunca!
Toquei em seus seios. Com delicadeza, apertei seu corpo contra o meu. Mordi de leve seus lábios. Ela me apertou, buscando minha boca.
- Peça!
- Não!
Sua voz estava rouca. Ela me desejava.
- Peça que eu a beije, Livi.
E continuei passeando com minhas mãos por seu corpo, beijando seu pescoço, mordendo sua orelha, respirando ofegante em seu ouvido...
Livi tremia, e soltava seus gemidos roucos, que me enlouqueciam.
- Peça, Livi!
- Jack...
- Sim!
- Eu...
- Você...
- Eu...
Sua voz quase não saía. A levei para a cama, e a deitei, subindo sobre ela.
- Jack...
- Peça, Livi. Peça!
Tirei seu vestido...
- Você me quer, Livi?
- Quero!
- Quer que eu a beije?
- Quero!
- Então... Peça!
- Jack... Me beije!
- Estão faltando duas palavrinhas.Vai! Você consegue!
- Quando isso terminar...
- Quero te possuir, Livi. Peça!
- Me beije! Por favor...
E eu a beijei! E fizemos amor! Nossos corpos se enroscaram em uma sintonia perfeita!
Louco! Vibrante! Intenso! Completo!
- Livi... Você é minha!


FIM 

RM 

"Qualquer semelhança com nomes e acontecimentos, terá sido mera coincidência. Não são fatos reais”.

4 comentários:

  1. Oi, minha Escritora predileta!/rs
    Adorei o novo visual do Blog. A nova imagem é vc, não é?/rs.
    História emocionante, sedutora, excitante.
    Conheci poucas mulheres com a personalidade tão forte quanto a de Livi. Ela me fez lembrar um certo alguém/rs.
    Parabéns, RM! Mais uma vez vc demonstrou o q pode fazer com as palavras. Adorei o desfecho. Ficarei ansiosa esperando pelo novo conto.
    Bjo.

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  2. Ah! Mais uma coisa: Quero parabenizar Jack. Muito astuta, e tão excitante quanto Livi/rs. Palmas para ela, que domou a fera!/hahaha.

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  3. ai ai ai mas o q é isso? de onde vc tira tantas histórias tão emocionantes? fiquei esperando terminar essa história e amei o final, apesar de já imaginar qual seria......bem feito pra Livi, ela quis dar uma de durona e ficou mole mole diante de jack......inclusive jack é tudibão ushausushaha.........amei! kero mais! te adoro menina! beijinhus!

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  4. PARABÉNS!!!

    COMO SEMPRE,VC É ÓTIMA.

    E O SENADOR? SE FERROU?

    AGUARDO OUTRO CONTO.

    SABE...
    HOTEL, CAFÉ DA MANHÃ, BANHO DEMORADO, COMIDA BOA, CAMA QUENTINHA...

    ENTÃO...

    VAMOS?

    TE AMO!!!

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